Mais vale o meu pranto, que esse canto em solidão.
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
No meio de idas e vindas, nunca tinha me deparado com um ir tão dolorido. Ver o passageiro cheio de lágrimas nos olhos, dilatando o coração para abrigar todo aquele amor transmitido em abraços, me escancarou uma vida pedindo troca de bateria. Esse mesmo passageiro compraria um mundo para manter-se inerte, para não lançar vôo. Despedida e perdas quebram os meus saltos. Despedir-se de um grande amor, mesmo que provisoriamente, me traz pânico.
Durante essa tontura de sentir intranqüilo, estava onde não desejava e com um terço da minha capacidade respiratória. O que mais pulsava era a vontade de pegar o primeiro avião e ir a qualquer canto do mundo, longe de mim. Longe de promessas de felicidade, de crises do pânico e transtornos de ansiedade, longe das perdas. Sair de perto dessa saudade que não é samba e sim amarga. Ir atrás do meu sorriso.
O remédio está fazendo efeito e minha impotência me traz náuseas.
Hoje, eu só preciso sair de mim e esperar a sua volta.
5 comentários:
Esses momentos de espera de nós mesmos são doloridos. A gente pensa que não vai chegar nunca mais, que nos perdemos de nós e dos outros para sempre...
Dói mesmo.
Beijo.
Momentos melancólicos, não?
Mas fazem parte da vida né...
Beijos
A vida é bela, Clara.
Nenhuma espera é eterna... E as vezes a tristeza se faz necessária...
Fica feliz de novo? :)
Tem certas coisas que ardem tanto na gente que nos deixam mais perto da vida...
... também é bom, viu?!
beijos daqui...
Saudade em dor...coisa física, mais copórea que topada.
Ai, ai...
Bjs
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