25.1.08

Ser como elétrons que passeiam de camada em camada e ainda esbanjam muita energia, que se sente e são transformadas em cores. Cores que refletem vários tons, representam vários sabores, embaralham-se e se dispersam pra dar mais vida. Vida que é mais bonita quando se compartilha o som da chuva. Chuva que lava a alma e te deixa compreender um monte de coisas. Coisas que precisam ter o caos, pra dar origem as estrelas cintilantes ( eu tenho a minha, e você?), e assim se traduzirem no verbo sorrir. Sorrir quando se sente bem, por lembrar do quanto é bom ser nada e ser tudo. Tudo é o que eu quero. Quero beijos intermináveis, abraços sufocantes e sorrisos. Sorrisos que se abrem no inverno, só por ter alguém por perto, mesmo longe. Longe é do lado, a distância é pequena, quando se têm asas e imaginação suficiente pra rodar o mundo, sem sair do lugar. Lugar que traz paz. Paz que circula como sangue pelo corpo. Corpo que responde dançando a cada segundo, mexendo ao som da leveza. Leveza que é sentida com a afinidade. Afinidade de duas substâncias químicas, absurdamente miscíveis que se combinam em pontes de hidrogênio e não se quebram nem com uma ebulição. Ebulição que faz sentir todos os capilares fervendo de sonhos, vontade composta, querer simples. Simples e cheio de aromas, possibilidades, curas. Cura que é pra sempre, solucionadora, deixa com vontade. Vontade que rege o futuro, que faz sonhar, tirar os pés do chão. Chão que é a realidade ( realidade? Existe? Não, não). Não que é um sim querendo que seja pra sempre. Sempre é o tempo que eu quero ser cor, pra refletir tudo que vier na minha mente e tudo o que eu sinto, em forma de espectro – confuso e extremamente real . Real como um bom banho de chuva, um carnaval, cerveja e um samba pra deixar as pernas bambas. Bamba é como eu me sinto quando não te encontro na esquina. Esquina que não é nada a não ser um lugar imaginário que eu poderia te achar. Achar, sorrir e acreditar que o tempo não é contado em anos e sim em descobertas, amores, primaveras, sorrisos. Sorrisos que se abrem, de graça, numa cabaninha e uma boa companhia.


As caixas de recordações te trazem boas surpresas.

7 comentários:

Filipe Garcia disse...

E pensar que tudo está interligado dentro de nós como uma corrente que vai puxando um sentimento de cada vez, uma emoção de cada vez, um sonho... é isso. Acho que somos assim mesmo: uma coisa atrás da outra; sem fim. Lindo texto.

Anônimo disse...

Me lembrou de quando eu estudava para o vestibular... rs

Achei lindo! E a vida é realmente assim: uma coisa atrás da outra, todas de alguma forma interligadas.

(Eu também mexia na minha caixa de recordações ontem...)

Beijocas.

Anônimo disse...

gosto mto do início do texto.

Nathália. disse...

"one still must have chaos inside to be able to deliver a dancing star" - nietzsche.

e a gente tem, meu bem.

Renato Ziggy disse...

Amei o texto.Texto que diz m tanto de mim.Mim que ser essa intensidade de infinitos efêmeros.Infinitos que sua coesão criativa traduziu em sensações-registro-imagens.Imagens que nos fazem bem e nos trazem histórias pra contar.Ando contando sobre esse texto pra minha sobrinha.Sobrinha que amo...amei o texto!

Anônimo disse...

Gosto bastante do que você escreve. Só te conheço pelo blog mesmo, e vale a pena. Abraço!

Sacha!! disse...

Gosto bastante do que você escreve. Só te conheço pelo blog mesmo, e vale a pena. Abraço!