Todos procuram por novidades: dias novos, roupas novas e livros semi-lançados. Eu também, confesso. A rotina pode ser traiçoeira e o passado uma velha roupa desbotada. Mas, porém, no entanto e todavia, qual o sentido de manter-se preso a uma necessidade do novo, o tempo todo a todo tempo? Qual o sentido de buscar algo que nem se sabe o que é e se sacrificar por não achar? Jamais estou fazendo apologia ao marasmo, a nostalgia e a inércia. Apenas estou farta de buscas sem sentido, a falta da falta que nem se substantiva, adjetiva ou possui uma locução adverbial. Hoje, eu quero o meu futuro recheado de fatos interessantes do passado e do presente. Hoje,eu quero uma antropofagia insana e viciante. Quero misturar as tuas palavras bonitas a minha energia e batê-las, no liquidificador, com uma xícara e meia de realidade construída por mãos tensas e pequenas. Beber, ingerir e expor as minhas entrelinhas. Expor. Transpor as minhas barreiras e adentrar no impossível, no inteligível. Sabe o que eu quero? Ressentir a felicidade instantânea de um sorriso, o peito latejando. Aliás, eu também cansei de saber o que eu quero.
Tou por aí, pelo meu mundo,muito bem acompanhada.
Vi - vendo.
20 comentários:
Qual é a cor, azul? Espero sinceramente que tenha muito mais pitadas de vermelho, dessa vez.
Clarinha, te desejo um bem (e uma fé enorme, como escreveu Caio). Mas acima de tudo e de qualquer coisa nesse mundo, eu te desejo VIDA.
O mais importante não é procurar, mas sim achar...encontrar... e eu espero que vocer ACHE PAZ, ALEGRIAS, VIDA E MAIS VIDA DENTRO DE SEU CORAÇÃO... PARABÉNS PELO SEU ESPAÇO.. É DELICIOSO SE PERDER NELE...
BEIJOS
JOCENDIR
Clarinha, se preocupar em saber o sentido das coisas e prender-se à qualquer palavra que esteja distante da alegria e do amor, é besteira.
O negócio é não se prender em lugar nenhum mesmo, e misturar; se introsar com tua própria existência e misturar tua felicidade com a felicidade de quem te quer bem. E nada mais importa. Se preocpar, querer saber, querer descobrir, querer existir, não importa, basta ser.. :)
A palavra é "Intensidade". Sem ela, as coisas perdem o viço. Prosa boa, essa sua. Parabéns pela lindeza do texto...
azul? prefiro amar-ela.
beijaaa
E se a gente segue junto... esse mundo fica ainda melhor!
E quem disse que coisas velhas não nos fazem bem, não é mesmo?
Bjitos!
Ser inteira, acho que é isso...
Bjs
A felicidade é feita de pitadas de cores-nossas que a gente vai borrando por aí. O hábito compulsivo de ter coisas novas traz só um prazer instantâneos. Bom é a alegria eterna.
Beijo, Clara.
Nada como tirar um dia para viver.
Bjo
Essa busca por uma novidade superficial acaba é gerando uma segurança monótona na nossa vida.Sabe-se que que renovar pode ser uma aventura louca,mas a altitude pouca mata qualquer fissura por adrenalina.
Gosto dessas suas misturas,pequena.
amo.
Puxa, srta. Clara...quanto desprendimento do ser e do não ser...que visão de reaio-x é esta que transpassa feito osmose a realidade e desemboca nestes mares de constância? de inconstância, de "insubstantividade"...
Cai no teu blogg ao acaso, mas, gostei...
Sem contar que um ser[eu] sempre tumultuado pela busca incessante de "lux nocti" não conseguiria transpassar impunemente um rio de tanta lux...
abração...
Pensando demais a vida passa.
O bom é sentir...
=*
Adorei as tuas palavras :) ***
Minha vez de dar um pouco do que tenho pra ti!
Vivemos procurando o novo, coisas novas a se fazer, reecontrar nas coisas antigas aquele prazer que antes existia. O bom da vida está aí, procurar o novo e sempre achar alguma coisa que seja válida.
Saudades daqui!
beijos
que bom!!! entrar aqui e ver que vc tá poraí! feliz! vivendo... to sumida, sem net, mas sempre q posso entro aqui p ler vc querida... beijos ;***
muito bom blog.
ótimo post. Gostei daqui.
Tenha um belo final de semana
Maurizio
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