Tenho saudade das caixas de lápis de cor. Há uma semana, andando por um corredor de um supermercado qualquer, parei na frente da infindável prateleira de lápis de cor. Foi que nem ímã, paixão repentina, essas coisas que agarram a tua atenção como um abraço demorado. Em segundos, me vi dentro nas cores daquela caixa, lembrei das minhas coleções de todas as cores, formas, marcas e tamanhos. Nem todos os desenhos eram coloridos, nem sempre chegavam ao fim, entretanto o importante era manter os lápis sempre perto do meu campo de visão e me deliciar em expor a aquarela.
Não me contive, abri a caixa, devagar. Havia várias tonalidades de azul e, no meio deles, o meu tom preferido, não era claro demais e nem escuro demais. Era, apenas, do verbo brilhar. O dia em que decidi me transformar em azul chegou à lembrança, ao invés de rabiscar o papel, decidi colorir a minha alma, a-qua-re-lar tudo o que sobrava, as idas e vindas das minhas vontades, foi instintivamente sábio e delicioso. Hoje, o azul tomou conta da minha vida e fez ninho.
O vermelho foi se infiltrando, aos poucos e em goles grandes. Cada rabisco avermelhado me dizia que não havia escapatória, o vermelho estaria sempre presente em mim. Nas unhas, nas veias, no lápis chegaria, sem pedir licença e sentaria do meu lado, cheio de declarações inusitadas de amor e ódio.
Meus olhos saíram percorrendo e deixei um sorriso pular do rosto ao me deparar com o verde. A cor me ilumina, traz a paz daquela amizade. Um verde claro e vivo, bem vivo.
O preto das minhas letras desenhadas, o amarelo e a agonia do laranja. O dourado e seus detalhes. O roxo da borboleta, lembra?
O importante era estar colorido, trazer as cores para aquele cotidiano. Todas elas.
Sai daquele corredor combinando o meu encontro com as cores.
Colorida.
AQUI - acordei de braços dados com o papel.
AQUI - do que pulsa.
Não me contive, abri a caixa, devagar. Havia várias tonalidades de azul e, no meio deles, o meu tom preferido, não era claro demais e nem escuro demais. Era, apenas, do verbo brilhar. O dia em que decidi me transformar em azul chegou à lembrança, ao invés de rabiscar o papel, decidi colorir a minha alma, a-qua-re-lar tudo o que sobrava, as idas e vindas das minhas vontades, foi instintivamente sábio e delicioso. Hoje, o azul tomou conta da minha vida e fez ninho.
O vermelho foi se infiltrando, aos poucos e em goles grandes. Cada rabisco avermelhado me dizia que não havia escapatória, o vermelho estaria sempre presente em mim. Nas unhas, nas veias, no lápis chegaria, sem pedir licença e sentaria do meu lado, cheio de declarações inusitadas de amor e ódio.
Meus olhos saíram percorrendo e deixei um sorriso pular do rosto ao me deparar com o verde. A cor me ilumina, traz a paz daquela amizade. Um verde claro e vivo, bem vivo.
O preto das minhas letras desenhadas, o amarelo e a agonia do laranja. O dourado e seus detalhes. O roxo da borboleta, lembra?
O importante era estar colorido, trazer as cores para aquele cotidiano. Todas elas.
Sai daquele corredor combinando o meu encontro com as cores.
Colorida.
AQUI - acordei de braços dados com o papel.
AQUI - do que pulsa.
11 comentários:
Bonito assim...
Bjo
O vermelho sempre chega sem pedir licença. Traz pink, roxo e uma outra tonalidade que eu não também não sei explicar, do verbo brilhar. :)
orgulho, colorida.
beijão
Oi, Clara!
Também quero a cinturinha da Dita!
Aff...tõ longe, viu?
kkkkkkkkkkkkkkkk
Obrigada pela visita, guria, és sempre bem-vinda!
Beijão!
'A cor me ilumina. Traz a paz daquela amizade.' Esse é um ótimo motivo pra eu ser de verde, né? :)
ah, e lembro como hoje do dia em que tinha 'azul' no meu nome do msn e tu me pediu pra ser azul também. A gente mal sabia que tu já era sem nem pedir,né?
te amo.
Tenho psicopatia por lápis de cor... apesar da minha casa ser tão cinza.
(ainda vou ter uma daquelas caixas de não-sei-quantas cores... só pra ter...)
Já tive essa vontade súbita! Vontade de voltar o tempo e fazer tudo ficar colorido de novo!
bjosss!!!
e o papel em branco.
tanta tinta por fazer
tanta espaço pra escrever
com cores
dores e porque não os amores.
vai, que já é tudo isso. :*
Ver-melho(r).
Encantador. Quem disse que a vida tem que ser preto e branco. Seu texto não foi escrito, ele foi colorido com lápis de cor.
e fizeste uma aquarela linda de palavras.
Sou do vermelho quente ou do depressivo lilás, tem dias.
*:
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