2.2.11

Há muito tempo eu não fumava, mas resolvi acender um cigarro em tua homenagem. Já que você entrou sem saber bem para onde ia, sente-se e fique à vontade para me virar pelo avesso. Aproveita enquanto a cinza não cai e vai me contando, passo a passo, as delícias de ser assim, sempre tão esperto, tão veloz. Consegue ouvir a música tocando? Ela só chega até a sala quando você aparece. Nos dias normais, o volume sempre fica baixo demais para que nem eu possa ouvir e me lembrar da tua existência, para que você não saia invadindo tudo, sem nem saber porquê, e saia com cara mais lavada, dia depois, como se não tivesse acontecido nada, como se você fosse mesmo uma invenção da minha cabeça. E é, você é tão invenção que chega a doer. Vai me contando onde tu arranjas tantos argumentos para me invadir e me deixar completamente envolvida no que trazes embrulhado nesse monte de lembranças. Me diz o que tu fazes para que eu sente aqui e te escreva todas essas doidices de vida.
Me diz, saudade, até quando?

5 comentários:

Fabi Penco disse...

Quando a saudade bate é f**. Eu sinto dor de saudade e, é aí que choro, as vezes de tristeza, as vezes de alegria...
Aqui tá diferente hein!!, mas gosto de mudanças.
beeeijos

Danilo Carias disse...

Não sei o que dizer sobre o que essa pessoa escreve. Declaro apenas que sou doente pela sinceridade dela. Apenas isso!

...loucos apontamentos disse...

O conhecimento da saudade é um dos poucos que não queremos ter.Mas quando se tem da nisso. Pequenos fragmentos de saudade transformada em palavras.

FDeunizio disse...

Mas que saudade daqui Clara!

Continua um encanto *-*

Gorda disse...

saudade, até quando?
www.catando-vento.blogspot.com

ps: anteontem tocou caranava na cozinha aqui de casa... cantei feliz da vida!